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Mostrando postagens de 2020

O Árabe do Futuro 3: Uma juventude no Oriente Médio (1985-1987)

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No terceiro livro que conta a história de Riad Sattouf, filho de pai sírio e mãe francesa, que foi morar no Oriente Médio e viveu em culturas totalmente diferentes, ele relata mais um pouco da sua rotina em Homs, a escola, os amigos e a vivência em meio à pobreza da região. Na escola continua com problemas com seus colegas, que ainda pensam que ele e sua mãe é judeu e sempre pegam no seu pé conta disso. O ensino permanece rigoroso e tudo baseado na religião onde os professores usam porretes e réguas para corrigir e castigar os alunos. Mesmo com notas altas, sempre próximo de 10, não pode errar o alcorão quando solicitado em classe. Sua mãe não fala árabe e cada vez mais fica dependente do pai para se comunicar com os parente. Nas reuniões familiares, homens ficam separados das mulheres, ela pouco interage com as demais por conta da barreira da língua. Isso também impacta na relação dela com as demais crianças. Além disse tem a questão financeira, pois vivem em uma cidade relativamente

O Árabe do Futuro 2: Uma juventude no Oriente Médio (1984-1985)

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A continuação da vida de Riad Sattouf no Oriente Médio, especificamente na Síria nesse livro, fala sobre a dificuldade do seu primeiro ano na escola onde aprendeu a ler e escrever em árabe e sob um sistema escolar rígido e extremamente rigoroso. Eles moravam em um pequeno vilarejo, próxima a cidade de Homs que nos últimos anos tem sido bastante destacada na mídia por conta da guerra vivida pelo país. Na escola a professora, muito amável nos primeiros momentos, depois se mostra agressiva e sempre tinha um bastão na mão para castigar as crianças que não faziam as tarefas ou não sabiam recitar o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos. No primeiro dia de aula, se atrasou e levou uma palmada com o bastão. Como dito no texto anterior ele é filho de mãe francesa e pai sírio. Loiro e com um visual típico europeu e totalmente diferente das crianças da região, sofre porque muitos alunos da escola e primos não o querem por perto, onde ele chega a apanhar dos amigos. Muitos falavam que ele era jude

O Árabe do Futuro: Uma juventude no Oriente Médio (1978-1984)

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Geralmente as pessoas estão acostumadas a ler quadrinhos de super heróis de Marvel e outros (não sou antenado nisso), mas nem sempre compram livros com histórias interessantes do dia-a-dia e do mundo. Confesso que não leio tanto quadrinhos assim e os que tenho em casa são sobre o Oriente Médio. Riad Sattouf tinha apenas três anos de idade quando o pai recebeu um convite para trabalhar em Trípole, capital da Líbia que à época era governada pelo Muammar al-Gadaffi. Francês e loiro precisou se adaptar à nova realidade e cultura e com o idioma. Depois a família se mudou para a Síria, governada pelo Hafez al-Assad e tudo isso ocorreu entre 1978 e 1984. O livro é uma biografia e escrito de acordo com a visão do autor que viveu naquelas países. Separados por cores em azul mostra os momentos na França com os avós por parte de mãe, em amarelo na Líbia e em vermelho na Síria ele mostra cada lugar com suas peculiaridades. A França tem um estilo mais nostálgico e apimentado enquanto a Líbia com as

A importância do uso de sistemas da informação na saúde

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  Em clínicas, AMA (Associação Médica Ambulatorial), UPA (Unidade de Pronto Atendimento), CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e hospitais os pacientes que utilizam os serviços passam em consultas com médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas e demais profissionais pertencentes à uma equipe multiprofissional para acompanhamentos e/ou procedimentos clínicos ou cirúrgicos. Na grande maioria dos casos os médicos solicitam exames ao paciente, sejam de sangue ou diagnóstico por imagem, e os resultados são inseridos no S-RES (Sistema de Registro Eletrônico de Saúde) onde todos os profissionais na atenção ao paciente podem realizar as consultas. Em locais sem sistema eletrônicos, os chamados ERP’s (Enterprise Resource Planning), as solicitações de exames são realizadas de forma manual que podem ser via receituário (pedido médico) ou prescrição médica que posteriormente são inseridos no prontuário físico do paciente. As informações do paciente no pedido médico e prescrição de exame

Stalingrado - o cerco fatal

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O Segunda Guerra Mundial, que os russos chamam de A Grande Guerra, custou a vida de milhões e milhões de pessoas tanto do lado dos nazistas (alemães) e fascistas (italianos) quanto daqueles que se opunham à esses dois regimes. Ainda tem os japoneses, mortos em massa pelas bombas de Hiroshima e Nagazaki. Sempre gostei de história, desde minha adolescência, e recentemente tenho lido alguns livros que tratam desse período histórico onde os alemães saíram derrotados de mais uma guerra, assim como na 1º Guerra Mundial, e o mundo ficou dividido entre dois blocos: o capitalista liderado pelos Estados Unidas da América (E.U.A.) e o comunista comandado pela extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.). Os nazistas, liderados por Adolf Hittler, ao que tudo indica de acordo com alguns historiadores, dominariam o mundo se tivessem conseguido invadir e dominar a Rússia, como quase conseguiram e chegarem próximos de Moscou. Mas o líder alemão, por crer que seu poderia bélico e seu

A internet e a manipulação das pessoas

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Há tempos toda a sociedade, basicamente o mundo todo com exceção de alguns países mais fechados como a  Coréia do Norte, dependem e muito da internet para informações, notícias, lazer, trocas de mensagens com amigos e familiares e até mesmo para transações bancárias. Ah, antes que falem de Cuba , em 2014 estive lá e wi-fi não havia nas ruas e praças e usar a internet era muito caro, porém isso tem mudado e os cidadãos e turistas contam com acessos em diversos pontos do país. Como tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, a internet nos últimos anos tornou-se um ambiente de discussões onde as pessoas opinam e são especialistas em tudo. Através de  Facebook ,  Instagram ,  Twitter   e Whastapp   propagam aquilo que pensam e acreditam e os políticos aproveitaram essa onda para divulgar seus planos de governo, ideias etc. Com isso vieram também as chamadas fakenews, onde políticos, influenciadores e/ou celebridades divulgam conteúdo sem qualquer tipo de checagem. Acredita-se que os russos usa

Nos E.U.A. os brancos fogem dos bairros com asiáticos

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Fiquei um tempo sem postar no blog por conta da família, faculdade e uma especialização, além das aulas de russo, e isso me tomou um tempo largo, porém não parei de ler e me informar sobre algumas coisas como COVID-19, eleições municipais etc. Na edição de número 158, mês de setembro/2020, da revista Le Monde Diplomatique Brasi l tem um texto extremamente interessante e intitulado " Os medos dos brancos nos Estados Unidos " que mostra a fuga das pessoas de bairros nobres por conta da chegada de asiáticos. No momento atual em que vemos cenas de racismo no Brasil e nos Estados Unidos, inclusive com a polícia que mata negros e atua de forma mais abusiva e agressiva, não seria uma surpresa essa notícia, ainda que me cause tamanho espanto. Essas famílias têm abandonado bairros nobres, com ótimas escolas e totalmente seguros, e se mudam para outros distritos justamente porque querem manter sua hegemonia. Nos E.U.A. de hoje os asiáticos estão em ascensão por conta de cargos em empre

Hospitais como negócio lucrativo

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A pandemia do COVID-19 no Brasil dura mais de seis meses onde ocorreram confinamentos, trabalhos em home office, escolas e diversas atividades paralisadas e que afetaram o país economicamente, inclusive o setor de saúde. Cirurgias, consultas e exames eletivos foram desmarcados ou reagendados e hospitais, públicos e privados, tiveram seus resultados financeiros afetados. As entidades se prepararam para atender os pacientes contaminados e por existir necessidade de isolamento o número de internações caiu. Hospitais de campanha foram criados exclusivamente para esses casos (superfaturamento em vários estados como Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pernambuco estão com investigações e prisões) e o Sistema Única de Saúde (SUS)  foi um pilar para sustentar esse grande volume de pacientes. No Brasil gosta-se de criticar a saúde pública mesmo que o SUS seja elogiado no mundo todo, mesmo sem ser perfeito, e falar bem da saúde suplementar (privada) com as operadoras, conhecidas como convênios. Com

O tatuador de Auschwitz

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Recentemente tenho lido alguns livros sobre o nazismo, Segunda Guerra Mundial e Stalin e por mais que pareçam histórias diferentes elas se conectam por terem ocorrido basicamente na mesma época. Nem sempre são ótimas histórias, muitas vezes terminam em finais trágicos, mas também têm algumas situações interessantes, bonitas e até romances. O livro "O tatuador de Auschwitz" conta a história de dois judeus eslovacos, Lale Sokolov e  Gita Fuhrmanova, que viveram nos campos de concentração e o destino os colocaram lado a lado, onde se apaixonaram mesmo com a situação de prisioneiros, doenças, pouca comida e grandes chances de serem executados sumariamente. Os eslovacos cediam cada vez mais aos pedidos de Hitler e no país foi instituída a ordem que toda família judia deveria entregar seu filho para trabalhar para os alemães. À época os judeus não tinham permissão para trabalharem e isso soou como uma oportunidade. Lale se apresentou para deportação onde muitos amigos de infância t

China: extração de minério pode causar conflito comercial

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O mundo, mesmo antes da pandemia do COVID19, via os Estados Unidos da América e a China protagonizarem momentos de incerteza e questionamentos por serem potências mundiais e terem intenção de influenciar outras nações. Economicamente ocorreram barreiras de ambos os lados, mas nada que tenha afetado a economia mundial drasticamente. Os chineses produzem muitas coisas e vendem a preços viáveis aos demais países, inclusive o Brasil, que importa diversos produtos. A China, inclusive, nos desbancou como o maior parceiro comercial dos argentinos em 2020. Durante a pandemia os asiáticos, primeiro país a ser atingido pela doença, conseguiu praticamente dominar o comércio de respiradores no mundo ao vender para inúmeras nações, mas economicamente não é apenas isso que os fortalecem. As chamadas "Terras-raras" , são 17 minérios indispensáveis para a fabricação de produtos de alta tecnologia como celulares, computadores, energia eólica, carros elétricos e na indústria de defesa, tem gra

Filhos de Nazistas

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O Nazismo e suas atrocidades cometidas por Adolf Hitler, Paul Josph Goebels (Ministro da Propganda e grande responsável por disseminar as terríveis ideias pelo país) e outros personagens como Himmler, Göring, Hess, Frank, Bormann, Höss, Speer e Mengele  foram responsáveis pela morte milhares de pessoas ao longo da Segunda Guerra Mundial. Mesmo após sua derrocada diante do Exército Soviético continuou a propagar suas ideias através de pessoas que acreditavam que a raça ariana era superior as demais e com filhos de alguns oficiais da época. Eles eram mandantes de crimes horríveis e cometiam barbaridades contra os judeus, mas em casa e com suas famílias extremamente amáveis e adoráveis. Muitos de seus filhos, mesmo após o final da guerra e o julgamento de Nuremberg, não conseguiram acreditar que seus pais lutaram por um ideal e eram criminosos. A s crianças e adolescentes tinham vidas luxuosas e após a queda do Terceiro Reich tudo mudou para eles, quando os pais passaram de heróis alemães

As cidades secretas da extinta União Soviética

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A Guerra Fria dividiu o mundo entre direita e esquerda e quase causou ataques com bombas nucleares entre Estados Unidos da América (E.U.A.) e a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.). Além disso corridas espaciais entre os países foram alçadas onde os soviéticos chegaram ao espaço primeiro, com o cosmonauta Yuri Gagarin, e os estadunidenses à lua com o astronauta Neil Armstrong. Os E.U.A. tem até hoje a chamada Área 51 onde há uma base militar e testes com novas armas são realizados além de testes com novos tipos de aeronaves. Na Rússia atual ainda existem existem cidades que foram criadas antes e durante a Guerra Fria e na época mantidas fora do mapa por conta de testes com armas nucleares e outros projetos de extrema importância para que a U.R.S.S. se tornasse e se mantivesse como uma potência mundial. A cidade de Diveievo (Дивеево), na região de Nijni Novgorod (Нижний Новгород), foi retirada do mapa durante a Guerra Fria e os habitantes que vivam nela selecio

O derretimento das geleiras bolivianas

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A Bolívia, país vizinho ao Brasil, recentemente vive uma crise política com Evo Morales retirado da presidência por ter tentado se perpetuar no poder com várias reeleições que, do meu ponto de visto, foi totalmente equivocado porque ele poderia ter apoiado um candidato do seu partido. La Paz, uma das capitais e sede do governo, está a mais de 3.600 acima de mar e El Alto, cidade vizinha onde localiza-se o aeroporto internacional de Viru-Viru e mais de 4.000 de altitude, extremamente pobre, com cerca de 2 milhões de habitantes, onde a situação tende a piorar por conta do aquecimento global que impacta diretamente nas geleiras e montanhas da região. Chacaltaya (em aymara seu nome significa Ponte de Gelo) é um dos picos da Cordilheira dos Andes e distante cerca de 30 quilômetros  de La Paz tem perdido muito de sua neve nos últimos anos. No passado muitas pessoas iam conhecer a estação de esqui mais alta do mundo e enfrentavam os efeitos da altitude, como o soroche, para esquiar com a famí

Sede de poder da elite boliviana

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 A Bolívia, país que já foi considerado o mais pobre da América do Sul, esbanjou crescimento econômico por mais de uma década , está em crise desde 2019 com a reeleição de Evo Morales e, consequentemente, sua retirada do poder pela oposição através do que alguns chamam de golpe e outros de retomada do poder. Em 2020 esse crescimento pode não ocorrer por conta da instabilidade política e a pandemia do COVID19. Evo, após assumir a presidência em 2006, nacionalizou o gás e o petróleo e negociou contratos com inúmeras multinacionais para que passasse a obter mais dinheiro das extrações ocorridas no país. O lítio, produto muito utilizado na produção de baterias de celulares e carros elétricos, também rendia muito receita. Além disso ele equalizou a situação da população indígena que antes era tratada como segunda categoria. Inclusive o bilionário Elon Musk admitiu auxílio para a instabilidade da nação. Na época, e até nos dias atuais, a elite boliviana não concordou com isso porque queria