Stalingrado - o cerco fatal

O Segunda Guerra Mundial, que os russos chamam de A Grande Guerra, custou a vida de milhões e milhões de pessoas tanto do lado dos nazistas (alemães) e fascistas (italianos) quanto daqueles que se opunham à esses dois regimes. Ainda tem os japoneses, mortos em massa pelas bombas de Hiroshima e Nagazaki.

Sempre gostei de história, desde minha adolescência, e recentemente tenho lido alguns livros que tratam desse período histórico onde os alemães saíram derrotados de mais uma guerra, assim como na 1º Guerra Mundial, e o mundo ficou dividido entre dois blocos: o capitalista liderado pelos Estados Unidas da América (E.U.A.) e o comunista comandado pela extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.).

Os nazistas, liderados por Adolf Hittler, ao que tudo indica de acordo com alguns historiadores, dominariam o mundo se tivessem conseguido invadir e dominar a Rússia, como quase conseguiram e chegarem próximos de Moscou. Mas o líder alemão, por crer que seu poderia bélico e seu grande exército teriam facilidade em conquistar aquele grande país, não se prepararam para a famosa batalha de Stalingrado.

A Rússia, na época, passava por dificuldades e o povo tinha fome. Faltava comida e Stalin, com seu jeito criminoso e paranoico, eliminava pessoas do partido comunista com invenções de histórias, pois acreditava que almejavam seu posto. Ele tinha problemas demais para entrar em uma guerra e firmou um pacto de não agressão com a Alemanha de Hitler, que já havia dominado a Tchecoslováquia e viria a invadir a Polônia.

Hitler, não contente, decidiu invadir a Rússia e avançou por inúmeras cidades até chegar em Stalingrado, cidade que levava o nome do líder russo. Stalin, por sua vez, não poderia perder aquela batalha porque isso abalaria sua moral e o povo passaria e desacreditá-lo. Não digo todos, mas muitas forças do exército foram direcionadas para vencer essa batalha.

Imagem retirada do site da Amazon

Os alemães, ao longo do seu caminho, cometeu barbaridades com russos ao roubar suas casas, roupas e comidas porque não esperavam uma batalha tão longa e no período de frio intenso e assim os russos foram ganhando espaço. Evidente que em alguns momentos seus soldados em Stalingrado estavam famélicos, com pouca ração e roupa, mas nada os abalava na direção da vitória.

Prisioneiros russos libertados pelos alemães eram considerados traidores e iam trabalhar em campos de trabalhos forçados ou sentenciados à morte. Muitos desertaram para atuar com os alemães e com o fim da guerra tiveram o mesmo final.

Antony Beevor foi extremamente detalhista ao relatar o que se passou em Stalingrado, pois essa batalha foi extremamente importante para o final da Segunda Guerra Mundial. Os russos, quando expulsaram os alemães de seus territórios, como forma de vingança cometeram atrocidades similares até chegarem à Alemanha.

Antes do final da guerra os alemães que estavam em seus postos com pouco ou quase nada de comida e munição enviavam cartas para a família dizendo que venceriam e todos otimistas, por conta da propaganda de Hitler. Mas a verdade era outra e qualquer crítica ao método utilizado era passível de penalidades.

Livro um pouco denso, com muitas informações e mapas de Stalingrado e arredores, mas para quem gosta de história é recheado de novidades sobre a batalha e nos apresenta uma perspectiva diferente de como ocorreu a batalha.


Ficha Técnica

Livro: Stalingrado - o cerco fatal
Autor: Antony Beevor
Editora: Record
Publicação: 2015
Páginas: 558


Leia também:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nos E.U.A. morar em trailer não significa ser viajante ou rico

Beasts of No Nation: um choque de realidade

Vida de Pasteleiro