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O derretimento das geleiras bolivianas

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A Bolívia, país vizinho ao Brasil, recentemente vive uma crise política com Evo Morales retirado da presidência por ter tentado se perpetuar no poder com várias reeleições que, do meu ponto de visto, foi totalmente equivocado porque ele poderia ter apoiado um candidato do seu partido. La Paz, uma das capitais e sede do governo, está a mais de 3.600 acima de mar e El Alto, cidade vizinha onde localiza-se o aeroporto internacional de Viru-Viru e mais de 4.000 de altitude, extremamente pobre, com cerca de 2 milhões de habitantes, onde a situação tende a piorar por conta do aquecimento global que impacta diretamente nas geleiras e montanhas da região. Chacaltaya (em aymara seu nome significa Ponte de Gelo) é um dos picos da Cordilheira dos Andes e distante cerca de 30 quilômetros  de La Paz tem perdido muito de sua neve nos últimos anos. No passado muitas pessoas iam conhecer a estação de esqui mais alta do mundo e enfrentavam os efeitos da altitude, como o soroche, para esquiar com a famí

Sede de poder da elite boliviana

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 A Bolívia, país que já foi considerado o mais pobre da América do Sul, esbanjou crescimento econômico por mais de uma década , está em crise desde 2019 com a reeleição de Evo Morales e, consequentemente, sua retirada do poder pela oposição através do que alguns chamam de golpe e outros de retomada do poder. Em 2020 esse crescimento pode não ocorrer por conta da instabilidade política e a pandemia do COVID19. Evo, após assumir a presidência em 2006, nacionalizou o gás e o petróleo e negociou contratos com inúmeras multinacionais para que passasse a obter mais dinheiro das extrações ocorridas no país. O lítio, produto muito utilizado na produção de baterias de celulares e carros elétricos, também rendia muito receita. Além disso ele equalizou a situação da população indígena que antes era tratada como segunda categoria. Inclusive o bilionário Elon Musk admitiu auxílio para a instabilidade da nação. Na época, e até nos dias atuais, a elite boliviana não concordou com isso porque queria

Jazz boliviano. Vai encarar?

Estilo musical com instrumentos andinos surpreende pela boa qualidade   Por Thiago Marcondes   O jazz nasceu por volta do século XX nos Estados Unidos, próximo à região e Nova Orleans, com suas raízes provenientes da música negra americana de pouco antes de 1850.   Em uma época onde o preconceito racial era muito forte, o estilo musical serviu para unir e fortalecer as raízes dos negros de forma que ao tocar a música em locais públicos afirmavam suas origens africanas.   No início da década de 20 a venda de bebida alcoólica era proibida nos Estados Unidos, situação que não acabou com seu consumo, pois ela era vendida ilegalmente em locais onde bandas de jazz se apresentavam. Isso o gênero musical ser considerado imoral pela sociedade.   Atualmente as pessoas que gostam do estilo musical são consideradas "cults" ou da elite, rótulo criado pela sociedade já que o jazz não é (e não foi) difundido nos meios de comunicação de massa. Assim, grande parte da popu

Bloqueios no Perú dificultam vida de turistas

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Chegar à Bolívia partindo do Perú pode não ser tão fácil e passar pelo Chile virou uma opção entre os viajantes Por Thiago Marcondes Desde o dia 09 de maio os trabalhadores da região de Puno, sul do Perú, entraram em greve e realizam protestos contra projetos ambientais das mineradoras, pois de acordo com eles os trabalhos podem prejudicar a população que depende da agricultura local. A greve e os protestos são em estradas nas cidades peruanas de Desaguadero e Yunguyo que fazem fronteira com a Bolívia e são responsáveis por grande fluxo de mercadoria e turistas entre os 02 países. Essa situação gerou, e continua a gerar, problemas econômicos para ambas nações e muitas pessoas buscam alternativas para locomoção. Até o dia 10 de maio ônibus com turistas e carros comuns passavam livremente de Copacabana (Bolívia) para Puno e somente os caminhões com mercadorais estavam proibidos de cruzar a fronteira. Porém, após essa data os manifestantes, que almejam melhorias nos projetos e também

A bela e caótica La Paz

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Capital boliviana sofre com transito absurdo e motoristas  alucinados Por Thiago Marcondes Copacabana - A chegada em La Paz foi tranquila e os efeitos da altitude, geralmente cansaço e dor de cabeça, não foram sentidos. E olha que para uma pessoa que teve bronquite na infância e tem desvio de septo e carne esponjosa no nariz as coisas podem complicar. O táxi do aeroporto ao hotel foi divido com um estadunidense que viaja pela America do Sul por 02 meses e meio e isso barateou ainda mais a corrida. Porém, durante o trajeto percebi o quanto o transito de Sao Paulo e os motoristas são bons. Aqui existem semáforos, mas quase nunca são respeitados. Os pedestres se enfiam na frente dos carros para atravessar as ruas enquanto os motoristas buzinam loucamente para que tudo e todos saiam da frente. Sejam pessoas, outros carros, ônibus ou caminhões. As ruas são bonitas e no sábado a noite fui dar uma volta com algumas pessoas do hostel para comermos e bebermos algo. A caminhada levou mais d

Protestos na Bolívia bloqueiam estradas

Classes trabalhadoras bolivianas lutam com governo para conseguirem aumento salarial Por Thiago Marcondes Saiu na Folha de São Paulo da última sexta-feira que protestos na Bolívia fecharam estradas e a casa do presidente, Evo Morales, foi cercada pelos manifestantes que protestam contra a alta da inflação no país. De acordo com jornais bolivianos como "El Diario" , " La Prensa" , "Jornada" , os manifestantes são funcionários do setor de educação como professores,  mineiros e da área da saúde que reivindicam o que alguns entendem por benefício e outros por direito. A inflação no estado boliviano está em torno de 18,5% e os manifestantes pedem aumento de 15% para compensarem a perda de dinheiro com o problema econômico enfrentado pelo país. O governo, a princípio, informou que daria somente 10% e, por conta disso, os protestos começaram nas grandes cidades. Bloquearam estradas, o centro de La Paz e ocorreram confrontos com policiais onde o saldo de

Bolívia e Perú: tão perto e tão longe de nós

Estereótipo e preconceito são barreiras para as pessoas viajarem pela América do Sul Por Thiago Marcondes Paulo O blog "Pensando no dia-a-dia" chega ao seu 100º artigo em menos de 01 ano e inúmeras idéias de temas para escrever hoje fluíram na cabeça desse blogueiro. A situação nuclear no Japão, o Oriente Médio com as quedas e protestos em seus governos ditatoriais e, também, a África com suas guerras e fome surgiram com assunto. Alguns amigos no facebook enviaram idéias e entre elas houve temas como chocolate, pois estamos próximo da Páscoa e sobre a América do Sul, mais especificamente Bolívia e Peru, por onde farei uma viagem de 18 dias no próximo mês. A opção escolhida foi a América do Sul por motivos simples. 1º porque os países são estereotipados como periféricos e que seus habitantes chegam ao Brasil para roubar os empregos e/ou traficarem drogas e pessoas, para trabalharem como escravos. 2º pois raramente eu trato do tema e as nações vizinhas quase nunca são cit

Um pedaço da Bolívia em São Paulo

Mesmo longe de seu país, os bolivianos tem um espaço reservado na capital paulista onde preservam seus costumes Localizada na região do Pari, mais precisamente na rua Pedro Vicente com a rua das Olarias, a feira da Praça Kantuta tem produtos tradicionais da Bolívia onde os imigrantes dessa nação andina podem matar um pouco as saudades de sua patria mãe. A princípio, na chegada pela rua das Olarias a impressão não parece ser das melhores, mas ao entrar na feira parece que o visitante atravessou a fronteira entre Brasil e Bolívia e está, definitivamente, no país vizinho. Tendas com artesanatos, camisas de times bolivianos, roupas, danças e barracas com comidas andinas faz com que o visitante se sinta acolhido e, também, com vontade de conhecer esse país que nós brasileiros pouco damos atenção. Os bolivianos sofrem preconceitos no Brasil e na maioria dos casos vêm para cá para trabalharem em oficinas de costura, onde vivem em condições precárias e são semi-escravidos por seus patrões.