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Mostrando postagens de setembro, 2013

Casos do metrô

"Não fique na região das portas" é o mesmo que dizer "Fique na região das portas"   Por Thiago Marcondes   Utilizar o metrô em São Paulo nos horários de pico seria cômico, caso não fosse trágico. Melhor: pode-se comprar aos teatros grego e romano. Platão misturou os dois gêneros no primeiro capítulo da "Poética", mas acredita-se que Plauto foi o primeiro a utilizar a tragédia e a comédia na mesma peça.   Vagão lotado e muita gente se aperta para conseguir um lugar e seguir viagem. São cerca de 11 pessoas por metro quadrado. Ou seja, o metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo.   Em algumas estações a situação alivia, os passageiros ficam menos apertados e agora começa a falta de bom senso dos usuários. As pessoas, ávidas para não perder a estação destino, se acumulam na região das portas enquanto os corredores ficam livres.   Se isso acontecesse com "marinheiros" de primeira viagem tudo bem. Seria aceitável. Mas não!!! Os p

Jazz boliviano. Vai encarar?

Estilo musical com instrumentos andinos surpreende pela boa qualidade   Por Thiago Marcondes   O jazz nasceu por volta do século XX nos Estados Unidos, próximo à região e Nova Orleans, com suas raízes provenientes da música negra americana de pouco antes de 1850.   Em uma época onde o preconceito racial era muito forte, o estilo musical serviu para unir e fortalecer as raízes dos negros de forma que ao tocar a música em locais públicos afirmavam suas origens africanas.   No início da década de 20 a venda de bebida alcoólica era proibida nos Estados Unidos, situação que não acabou com seu consumo, pois ela era vendida ilegalmente em locais onde bandas de jazz se apresentavam. Isso o gênero musical ser considerado imoral pela sociedade.   Atualmente as pessoas que gostam do estilo musical são consideradas "cults" ou da elite, rótulo criado pela sociedade já que o jazz não é (e não foi) difundido nos meios de comunicação de massa. Assim, grande parte da popu

O mito do metrô

Nos dias atuais Platão dedicaria um capitulo do livro "A República" ao transporte em São Paulo   Por Thiago Marcondes   Nos últimos meses tenho utilizado o transporte público com frequência, principalmente o metrô da cidade de São Paulo. Para ser mais específico, as linhas vermelha e amarela são as que mais tenho acesso e consigo ver a dimensão do problema. Seja de estrutura ou de educação das pessoas.   A linha vermelha me faz lembrar o Mito da Caverna, escrito pelo filósofo grego Platão, há praticamente 2.500 e disponível no livro "A República". As pessoas que utilizam o metrô no horário de pico, tanto de manhã quanto no final da tarde, parecem não conhecer outra realidade além daquela. Ou seja, muita gente e pouco espaço, empurra-empurra para entrar na composição sem se preocupar com o próximo, caras feias, xingamentos, discussões e total falta de educação uns com os outros. No mito grego pessoas vivem na caverna, presas por correntes, desde o nasc