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Beasts of No Nation: um choque de realidade

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Forte, realista e chocante a vida dos meninos-soldados Por Thiago Marcondes Lançado em outubro de 2015 nos cinemas e no Netflix o filme "Beasts of no Nation" é uma realização de Cary Fukunaga e baseado no livro de Uzondinma Iweala. A película retrata a situação da guerra civil na África onde crianças são recrutadas para a luta armada. O cenário do filme é nas florestas africanas, porém o autor não informa o nome do país onde se passa a guerra apesar de ser conhecido que Camarões, Nigéria, Sudão, Costa do Marfim e muitos outros países do continente passaram (e ainda passam) pelo mesmo problema. O vilarejo onde vive Agu, um menino feliz e imaginativo durante sua infância, sofre o ataque do exército do governo que tenta dominar as regiões do país para seu líder assumir o controle. Antes do confronto os líderes locais decidem que mulheres e crianças devem mudar de cidades enquanto os homens permanecerão para defender o território. O drama do menino Agu começa quan

A separação do Sudão: uma história sem fim

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Sem acordo definido para a paz, país africano ainda sofre com guerras e incertezas para o futuro Por Thiago Marcondes O Sudão, pais ao norte do continente africano e governado com mãos de ferro pelo ditador Omar al-Bashir, aprovou a separação entre sul e norte, por conta de diferenças políticas e religiosas, em um referendo ocorrido no dia 09/01/2011, conforme artigo " Sudão do Sul: um novo Estado, uma nova guerra ?".  Analistas e especialistas tinham em mente que a separação entre os muçulmanos do norte e os cristãos do sul ocorreria de forma relativamente pacífica após Bashir dizer que aceitaria o resultado do pleito sem discordar do veredícto. Porém, não foi bem isso que ocorreu nos últimos meses. O Sudão do Sul, novo estado que já nasce de falido e sem estrutura para sua população, é rico em pretróleo e o governo do norte decidiu que os frutos/lucros devem ser repartidos de forma igual para ambos os lados, já que tem a estrutura para extraçao/exportação. Na região de

Esquecimento midiático

Os problemas do Egito são pauta para todos os jornais enquanto as demais nações em guerra são esquecidas dos noticiários Com os graves problemas a sociedade egípcia que exige a saída de ditador Hosni Mubarak, que está mais de 30 anos no poder, parece que a cobertura internacional está totalmente voltada para aquele pedaço de terra. Logo alí próximo, recentemente, tivemos a queda do ditador tunisiano após protestes e pelo que sabe os protestos não pararam. A sociedade continua a solicitar reformas, protestos ainda existem e pessoas ainda sofrem. Mais perto ainda do Egito temos o Sudão, país também controlado por um ditador e que votou e aprovou recentemente a divisão do país. Uma parte (norte) ficará com os árabes muçulmanos (que sempre estiveram no poder) e a outra, o sul, com os negros de maioria cristão. A região ainda continua debilitada e o mais novo e mais pobre país do mundo será efetivamente criado em julho. O árabes do norte dizem que respeitarão a decisão do povo, mas quan

A Tunísia é a bola vez

Enquanto Sudão e Costa do Marfim continuam com problemas a mídia só tem olhos para os tunisianos O continente africano há tempos está conturbado por problemas políticos, sociais e econômicos nos quais podemos dizer guerras cívis, corrupção e fome à praticamente toda a sociedade. A mídia, recentemente, focou os olhares para países como Sudão e Costa do Marfim por estarem em momentos em que a democracia pode surgir (no caso sudanês) e poderia (no caso dos marfineses) para trazer um pouco de esperança para o futuro. O Sudão viveu uma eleição para decidir se sobre a separação da nação situação assim na África podem gerar mais guerras do que as já existentes. O resultado do pleito ainda não saiu, mas uma reportagem da Al Jazeera informa que provavelmente o Sul (negro e cristão) vencerá e criará um novo país, distinto do Norte (árabe e muçulmano). No caso da Costa do Marfim eleições foram realizadas e o candidato da oposição, Alassane Ouattara, foi considerado vitorioso . Porém, após u

Sudão do Sul: um novo Estado, uma nova guerra?

As independências nem sempre foram pacíficas e, na África, qualquer movimentação pode estourar novos confrontos O Sudão é o maior país do continente africano e nos últimos 50 anos enfrentou 02 guerras cívis que resultaram na morte de ao menos 23 milhões de pessoas e a desestabilização política, social e econômica da não. O norte da nação tem maioria árabe e muçulmana enquanto no sul vivem os negros que são cristãos ou animistas (crenças africanas). O sul diz ser colonizado pelo norte e há tempos luta pela separação. Aliás, a última guerra civil cessou em 2005 e os cristões mantém um governo autônomo baseado em Juba, a capital do que poderá ser o Sudão do Sul. Hoje, 09/01/2011, começa o referendo para que os sulistas decidam se a nação será separada ou não. Mas ao que tudo indica, inclusive as pesquisas (que não são confiáveis), a separação é inevitável e o 193º do mundo será criado. O Sudão é rico em petróleo e com a separação o sul ficará com a maior parte das reservas. Atualment

África: um futuro instável e indefinido

Eleições no continente servem para mostrar a democracia e os resultados, a DITADURA No final de 2007 o Quênia, país de nascimento do pai de Barak Obama, tinha eleições diretas para eleger o sucessor presidencial de forma democrática e pacífica. Concorria Mwai Kibaki  para tentar se reeleger e Raiala Odinga, líder da oposição que tentava obter o poder. Kibaki foi reeleito, porém o resultado do pleito foi contestado pela oposição e uma onde de violência foi iniciada no país. Inúmeras pessoas morreram durante os conflitos, governos internacionais expressaram preocupações e no final nada aconteceu. No ano de 2008 foi a vez do Zimbábue, país vizinho da África do Sul, tentar eleger uma presidente de forma democrática. Resultado: o candidato da oposição, Morgan Tsvangirai, afirmava que havia derrotado Robert Mugabe, que governa desde 1980, e mais um conflito começou no continente africano. Conflitos nas ruas de Harare, capital do país, foram iniciados e inúmeras pessoas que a