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Minha irmã, a serial killer

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O Brasil, colonizado pelos portugueses e com grande influência africana por conta dos anos de escravidão, não tem hábito de consumir cultura do grande continente e poucas são as obras literárias, músicas, filmes e séries apresentados e divulgados pela nossa mídia. Em 2019 a editora Kapulana  lançou o livro " Minha irmã, a serial killer"   e atua com divulgação de autores brasileiros, angolanos, moçambicanos, nigerianos, portugueses, quenianos e zimbabuanos. Ou seja, oferece espaço para culturas que os brasileiros têm pouco acesso. Aliás, muitas vezes pouco valorizadas por nós. Sobre o livro, tem uma narrativa em primeira pessoa que conta a história de duas irmãs completamente diferentes uma da outra. Korede, a narradora, trabalha como enfermeira e é amargurada e pragmática, enquanto Ayola, a caçula, a preferida da mãe e a mais bonita entre as duas, mas claramente com distúrbios psicológicos. Ayola, mimada, sempre tem seus desejos atendidos e no começo do livro percebe-se se t

Beasts of No Nation: um choque de realidade

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Forte, realista e chocante a vida dos meninos-soldados Por Thiago Marcondes Lançado em outubro de 2015 nos cinemas e no Netflix o filme "Beasts of no Nation" é uma realização de Cary Fukunaga e baseado no livro de Uzondinma Iweala. A película retrata a situação da guerra civil na África onde crianças são recrutadas para a luta armada. O cenário do filme é nas florestas africanas, porém o autor não informa o nome do país onde se passa a guerra apesar de ser conhecido que Camarões, Nigéria, Sudão, Costa do Marfim e muitos outros países do continente passaram (e ainda passam) pelo mesmo problema. O vilarejo onde vive Agu, um menino feliz e imaginativo durante sua infância, sofre o ataque do exército do governo que tenta dominar as regiões do país para seu líder assumir o controle. Antes do confronto os líderes locais decidem que mulheres e crianças devem mudar de cidades enquanto os homens permanecerão para defender o território. O drama do menino Agu começa quan

Conflito religioso mata cerca de 30 na Nigéria

Divergência religiosa impede que país cresça economicamente e se torne um modelo na região e, também, no continente No último domingo, dia 26/12/2010, a Nigéria foi palco de confrontos entre muçulmanos e cristãos que resultou na morte de ao menos 30 pessoas e deixou inúmeros feridos. Muitos podem pensar que o fato ocorreu porque os cristãos comemoraram o nascimento de Cristo, ou seja o Natal, no dia 25/12. Porém, esses conflitos ocorrem há vários anos e a violência parte de ambos os lados. A Nigéria tem sua população dividida entre cristãos e muçulmanos, mas é claro que existem pessoas com seguem outras crenças. Esses confrontos ultrapassam as barreiras religiosas e entram no campo político. Se o presidente é cristão (a maioria deles vivem ao sul) o vice-presidente tem de ser muçulmano (majoritariamente o norte) e vice-versa. Porém, essa divisão de poder não auxília na paz e grupos islâmicos querem impor a sharia na sociedade. Por outro lado os cristãos querem um estado laico (mas