Esquecimento midiático

Os problemas do Egito são pauta para todos os jornais enquanto as demais nações em guerra são esquecidas dos noticiários

Com os graves problemas a sociedade egípcia que exige a saída de ditador Hosni Mubarak, que está mais de 30 anos no poder, parece que a cobertura internacional está totalmente voltada para aquele pedaço de terra.

Logo alí próximo, recentemente, tivemos a queda do ditador tunisiano após protestes e pelo que sabe os protestos não pararam. A sociedade continua a solicitar reformas, protestos ainda existem e pessoas ainda sofrem.

Mais perto ainda do Egito temos o Sudão, país também controlado por um ditador e que votou e aprovou recentemente a divisão do país. Uma parte (norte) ficará com os árabes muçulmanos (que sempre estiveram no poder) e a outra, o sul, com os negros de maioria cristão.

A região ainda continua debilitada e o mais novo e mais pobre país do mundo será efetivamente criado em julho. O árabes do norte dizem que respeitarão a decisão do povo, mas quando falamos de África as coisas mudam em um instante. A pobreza, fome e desemprego ainda imperam no país e o Sudão do Sul, nascerá já falido.

Israel e Palestina estão longe de chegaram em um acordo de paz e os assentamentos judaícos continuam sendo construídos em Jerusalém Oriental. O Hamas, que controla a Faixa de Gaza permanece com protestos todos os dias, mas os jornais nada falam.

Recentemente o Líbano trocou seu primeiro ministro, Saad Hariri, por um sunita escolhido e apoiado pelo xiita Hezbollah, que os Estados Unidos afirmam ser uma célula terrorista, mas que finacia escola e saúda para a população libanesa. Protestos violentos ocorrem no país, mas os jornais nada mais falam.

Temos ainda problemas citados na Costa do Marfim, Nigéria e no Quênia, já retratados nesse blog, só para falarmos um pouco da África negra e não somente dos países africanos de origem árabe.

Enfim, parte da África e, também, do Oriente Médio sofrem e protestam todos os dias, mas a mídia tem olhos, atualmente, para o grande Egito. E não é somente pela sua importância na região, mas sim pelo apoio que o governo estadunidense deu até os dias atuais.

Assim como o a maioria do mundo, parece que a grande mídia ainda se pauta de acordo com os interesses estadunidendes. Enquanto isso milhões de pessoas morrem, são feridas e sofrem porque seus problemas são invisíveis os outros.

Comentários

Anônimo disse…
Subscrevo totalmente este seu texto. Os mídia
nunca dizem toda A VERDADE, apenas o que convém
aos diversos grupos económicos.
Obrigada pela sua visita ao sinfoniaesol.
Pode também ver http://intemporal-pippas.blogspot.com
Um abraço
Anônimo disse…
Amigo obrigada por ter ido ao meu sinfoniaesol.
Ainda bem, que tem momentos que gosta de
poesia.
Beijinho
Olá, Thiago!
Entrei para conhecer seu blog e seu perfil e desejar-lhe um óptimo 2011. Os midia estão coartados por dois poderes: o próprio jornal que tem de vender para que, logo, o jornalista não perca o emprego - e assim, a notícia que interessa é a que vende! - e o estar com os senhores do mundo e os seus interesses, a começar pelos americanos. Veja lá se alguém continua a falar sobre as alterações climáticas e as espécies que se vão extingindo com a poluição e a desflorestação! E deveria ser tema recorrente, todos os dias, todas as horas, pois disso depende o nosso fututo e o dos nossos filhos!
Queria também deixar um pensamento interessante para quem gosta de questionar o legado dos nossos antepassados:
Há pouco mais de um mês que celebrámos o Natal e... sabia que o Natal não existe? Curioso, não é?
Pois: o Natal foi inventado pela Igreja para “cristianizar” as festas pagãs em honra dos deuses solares, Mitra e outros, que se celebravam, por todo o império romano, ao redor do solstício de Inverno, como início do renascimento para uma vida nova, a da Primavera. Teve o seu aparecimento no s. IV, na Igreja Ocidental (25 de Dezembro – calendário Gregoriano) e no s. V na Oriental (7 de Janeiro – calendário Juliano). A narrativa do nascimento de Jesus de Mateus, ampliada por Lucas (nada sendo referido nem em Marcos nem em João), uma e outra são puras invenções sem qualquer credibilidade histórica nem qualquer verosimilhança (No inverno, os pastores não dormem ao relento...) Portanto, o Menino Jesus do catecismo não existiu. Muito menos o Deus Menino! E o mundo inteiro festeja algo de inexistente... Dá que pensar, não dá? (Ver mais no meu blog “Em nome da Ciência”, onde escrevo às segundas-feiras, e cujo acesso é: http://ohomemperdeuosseusmitos.blogspot.com)
Agora, associando-me ao luto de nossos irmãos brasileiros e fazendo votos para que semelhantes tragédias não voltem a acontecer aí no país irmão, uma outra ideia: apesar das catástrofes que vão acontecendo pelo mundo, com muita probabilidade provocadas pelas alterações climáticas e ambientais devidas à acção do Homem, o mesmo Homem, através dos seus governos subjugados aos interesses económico-financeiros de alguns (5% da população mundial, isto é, os que detêm 95% da riqueza produzida à face da Terra), não vai pôr-lhe cobro; preferirá assistir a novas catástrofes em que, como de costume, os mais fracos e pobres são os que irão continuar a sofrer. Inutilmente! Há que lutar para mudar estes sistemas e estes modelos não só políticos mas também económico-financeiros. Como? – Ver no meu blog, sempre com novidades às segundas-feiras, “Ideias-Novas” cujo acesso é: http://ummundolideradopormulheres.blogspot.com
Francisco Domingues

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