O povo brasileiro perde até quando ganha

Ao aumentar tarifas, políticos tiram vantagem dos poucos ganhos dos mais necessitados

O governo federal elevou o salário mínimo de R$ 510,00 para R$ 540,00 em 2011. Mas para se equiparar a alta da inflação teria de ser no mínimo R$ 543,00 e o povo não perderia porcentagem alguma.

Em São Paulo e teto mínimo estabelecido tem 03 níveis que estão divididos entreR$ 570,00 no primeiro nível, R$ 580,00 no segundo e R$ 590,00 no terceiro. Ou seja, o estado paga acima do que o governo federal para seus trabalhadores.

Porém, recentemente tivemos a notícia de que a tarifa de ônibus irá aumentar de R$ 2,70 para R$ 3,00. São 10% de acréscimo e bem acima da inflação no período. Gilberto Kassab, prefeito dse São Paulo, havia dito que tal fato não aconteceria assim como o aumento da taxa de inspeção veicular. Porém, ela aumentou em cerca de 5% e a tarifa em 2011 será um pouco acima de R$ 61,00.

Os políticos aproveitam a situação de aumento do salário mínimo para elevar algumas tarifas e, dessa forma, o ganho real pelo trabalhador de classe baixa torna-se praticamente nulo.

Não defendo o valor de R$ 540,00 por creio ser pouquíssimo para manter uma vida digna com esducação, saúde, alimentação e lazer e, por isso, os políticos em Brasília deveriam repensar sore isso. Porém, na esfera municipal o aumento não deveria ocorrer porque claramente prejudica a classe baixa da população.

Protestos nem sempre resolvem, mas alertam os políticos da força do povo

Não vale dizer que o mínimo paulista é maior que o nacional e por isso o trabalhador não sentirá no bolso. O povo paulista, e também o brasileiro em geral, deveria fazer como os franceses, ingleses e bolivianos fizeram recentemente. Protestar!

Na França jovens e idosos protestaram contra medida que aumentava a idade para a aposentadoria e realizaram greve geral em Paris e demais distritos. Na Inglaterra o governo aumentou a taxa anual que se deve pagar para as escolas e os alunos foram às ruas para solicitar a revogação. Até o momento ambas medidas não foram revogadas.

Já na Bolívia o presidente Evo Morales aumentou consideravelmente o preço da gasolina com o corte do subsídio. Grande parte do povo boliviano aprova o governo que trabalha em pról dos mais necessitados e mesmo assim realizaram protestos e conseguiram a revogação do aumento.

A sociedade brasileira, ao ver tais atitudes em países tão diferentes um do outro, deveria tirar alguma lição disso. Mas nos dias atuais a relação patrão/empregado parece ser de senhor/escravo onde existe penalização por chegar atrasado em dia de greve dos transportes.

Estamos "vivendo, aprendendo e nunca fazendo" os protestos para melhorias e, enquanto isso, os políticos deitam em rolam em cima do trabalhador.

Comentários

Anônimo disse…
Olá Thiago! Estive afastado por alguns dias por conta de uma cirurgia, mas estou de volta. eu sempre fui contra essa coisa chamada Salário Mínimo, pois acho isso vergonhoso! é uma forma de disfarçar o trabalho escravo. Um trabalhador que recebe o salário mínimo é mais barato do quer um prisioneiro. Mudam os governos e os discursos políticos continuam sempre alegando que dez ou vinte reais a mais no salário quebrarão a Previdência. Mas esses mesmos políticos não hesitam em reajustar seus salários bem acima da inflação. Seria muito bom se, um dia, fosse criado o salário máximo.
Ivan

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