O poder cultural do B.B.B.

Público fiél e verba de propaganda polpuda faz a TV brasileira manter a mesma programação durante as festividades

Os finais e inícios de ano parecem não mudar na programação televisiva do Brasil e a virada de 2010 para 2011 apenas comprovou isso.

Os filmes natalinos são sempre os mesmos com imagens do papai noel, suas renas e sempre a idéia de consumismo demonstrada através dos presentes. Ainda podemos falar nos especiais de final de ano sempre estrelados por Roberto Carlos e a Xuxa. Praticamente nada falam do nascimento de Cristo e da importância histórica do Natal.

Sei que as festividades já passaram, mas os exemplos acima ilustram a situação do início dos anos. À partir do dia 01 de cada ano o assunto torna-se o carnaval de São Paulo e Rio de Janeiro e as tevês mostram ensaios, barracões das escolas, preços dos ingressos e as mulatas na telinha.

A invasão do reality show nas telas

Mas nos últimos 10 (ou 11 anos, sei lá) a Globo sempre forta na divulgação do B.B.B., um programa que para este blogueiro visa somente o interesse de saber da vida alheia além de torcer para algumas brigas entre os participantes.

Pedro Bial, o apresentador "célebre" do reality show adora enaltecer os escolhidos como heróis para estarem no programa e, também, por suportarem a pressão do confinamento com pessoas totalmente desconhecidas umas das outras.

Aliás, pessoas essas que em sua grande maioria fazem parte do mundo artístico ou com vínculo bem próximo dos poderosos. Sempre são modelos, ex-dançarinas e amigos do amigo que é um B.B.B.

Tudo armado e ainda assim o público vangloria o programa que obtém audiências enormes. Com isso as empresas realizam propagandas e pagam milhões à emissora que envia ao ar algo totalmente sem informação e de teor cultural duvidoso e negligente.

As pessoas nas ruas, metrôs, trabalho etc comentam apenas sobre a eliminação, quem pegou quem e por aí vai. Parece até um vizinho falando do outro.

Falar do poder cultural acredito não ser correto, pois no meu caso o B.B.B. tornou-se algo totalmente útil. Sempre que ele vai ao ar eu saio da sala e vou ler livros e revistas.

Comentários

Anônimo disse…
Dizer o quê?
"Acho a televisão muito educativa. toda vez que alguém liga uma TV, me retiro para outro aposento e leio um livro".
Grouxo Marx

Ivan

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