África: um futuro instável e indefinido

Eleições no continente servem para mostrar a democracia e os resultados, a DITADURA

No final de 2007 o Quênia, país de nascimento do pai de Barak Obama, tinha eleições diretas para eleger o sucessor presidencial de forma democrática e pacífica. Concorria Mwai Kibaki  para tentar se reeleger e Raiala Odinga, líder da oposição que tentava obter o poder.

Kibaki foi reeleito, porém o resultado do pleito foi contestado pela oposição e uma onde de violência foi iniciada no país. Inúmeras pessoas morreram durante os conflitos, governos internacionais expressaram preocupações e no final nada aconteceu.

No ano de 2008 foi a vez do Zimbábue, país vizinho da África do Sul, tentar eleger uma presidente de forma democrática. Resultado: o candidato da oposição, Morgan Tsvangirai, afirmava que havia derrotado Robert Mugabe, que governa desde 1980, e mais um conflito começou no continente africano.

Conflitos nas ruas de Harare, capital do país, foram iniciados e inúmeras pessoas que apoiavam a oposição morreram. A justiça do país interviu na situação e manteve Mugabe no poder, onde governa o Zimbábue até os dias atuais.

Recentemente, no final de 2010, vimos a situação da Costam do Marfim onde o resultato das eleições deu a vitória para o candidato da oposição, Alassane Ouattara, e acreditava-se que seria a primeira transição pacífica.

Porém, como foi apontado por este blog, a justiça do país alegou erro na contagem e pela primeira vez na história a decisão foi revogada e a vitória foi dada para o candidato à reeleição, Laurent Gbagdo. Assim como no Quênia e no Zimbábue conflitos ocorreram e cerca de 170 pessoas perderam suas vidas durante o protesto.

A independência dos países africanos é recente e a democracia no continente ainda tem muito para amadurecer. Porém, os atuais líderes parecem não se lembrar dos sacríficios e vidas perdidas na luta para se livrarem das colônias.

Poder e corrupção corrompem as pessoas. Enquanto milhares morrem de fome ou massacrados em genocídios apenas uma minoria enriquece de forma ilícita e fazem de tudo (inclusive guerras cívis) para se perpetuarem no poder.

No próximo final de semana mais uma nação africana decide seu país e não será uma eleição para presidente, mas sim para a criação de uma nova nação. O sudão votará um referendo para separar o norte do sul. O primeiro tem maioria islâmica, de origem árabe e é mais povoado. O segundo predominantemente é cristão, de população de negra e mais rico em petróleo.

Ao que tudo indica tudo está em paz e as ruas do país vivem clima de tranqulidade. Porém, quando falamos de África, poder, petróleo e dinheiro as coisas podemn mudar em um piscar de olhos. Se o sul realmente se separar teremos um novo país no mundo, que já iniciará falido e, provavelmente, envolvido em uma guerra civil.

Comentários

Anônimo disse…
Oi Thiago, é muito complicado falar sobre a política africana e sobre seus graves problemas socias.
Se imaginarmos que o planeta foi colonizado por seres vindos de outros planetas o entendimento fica mais fácil. De cada planeta teriam vindo povos evoluídos, porém os que ainda precisavam aprender algo, ou, então, ensinar.
De todos eles, os menos evoluídos eram os negros e a eles foi destinada uma região inóspita para que com seu trabalho pudessem atingir um grau mais elevado de evolução. Desse povo todo, havia alguns que eram mais evoluídos e se acharam no direito de governar os outros, vender os outros como escravos e o resto você já sabe. Isto é apenas uma interpretação filosófica da origem de nosso planeta.
A África continuará sendo o que é!
Abraços,
Ivan

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