O Irã sob o Chador

Livro trás belas histórias sobre o país persa e desvenda um pouco de sua sociedade

Por Thiago Marcondes

O Irá recentemente tem frequentado os jornais e noticiários por conta de seu programa nuclear, o caso Sakineh e, também, pelos protestos da população contra a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad e a política econômica do país.

O ocidente, mais especificamente o Brasil, tem a visão de que o Irã oprime sua população, a oposição praticamente inexiste e que são loucos por armas nucleares alé de fanáticos religiosos. Dessa forma leva as pessoas a pensar que a sociedade iraniana deve ser bem difícil de lidar e, ao visitar o país, a povo não deve ser nada hospitaleiro e o medo deve predominar também nos turistas.

Recentemente lí o livro "O Irã sob o chador - Duas brasileiras no país dos aiatolás", escrito  pelas jornalistas Adriana Carranca e Márcia Camargos, que rnos trás novidades a sociedade iraniana e seu cotidiano.

O livro trás detalhes sobre o império persa desde sua formação e até como influencia nos dias atuais da sociedade. Mostra, também, toda a hospitalidade do povo iraniano com os estrangeiros, desde que respeitem seus hábitos e costumes.

Ninguém consegue imaginar que as pessoas convidam os estrangeiros para irem em suas casas ou participarem de pique-niques com as famílias sem mesmo os conhecerem, ou que o país é tão seguro que a preocupação em ser assaltado é mínima. E acreditem, os turistas devem portar dinheiro em espécie, pois o Irã não está conectado ao sistema bancário mundial por conta das sanções da O.N.U.

Ainda assim é possível confirmar toda a opressão diante dos opositores ao regime e os problemas enfrentados pelos iranianos que não concordam com a política do país. No regime deles não reconhecem os homossexuais, porém permitem a troca de sexo quando uma pessoa tema certeza ser mulher, mas tem corpo de homem.

Uma sociedade milenar e controversa ao mesmo tempo. Onde a cirurgia para troca de sexo e altamente liberal para os padrões ocidentais, mas o reconhecimento do homossexualismo não é tolerado de forma alguma e, alguns casos, é punido com a pena de morte.

O livro, em algumas partes, nos oferece uma dimensão totalmente diferente daquilo que  lemos e vemos nos meios de comunicação e desperta um grande interesse em visitar o Irã para poder vivenciar um pouco de sua cultura, história e tradição. Vale à pena conferir.

Thiago Marcondes é Jornalista

Comentários

Anônimo disse…
O Irã, em minha opinião, há muito deixou de ter a beleza dos tempos do império persa. Desde a deposição do Xá Reza Phalavi, o regime adotado pelos aiatolás mudou o país com a série de exigências de comportamento e de costumes. Não li o livro que você citou e prometo que o farei em breve. O Irã sob o chador deve ser bem escuro, não é não?
Ivan

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