Não Existe Política para a População Carcerária

As punições existentes nas detenções não educam o detento para o convívio com a sociedade

Ao contrário do que muitos pensam, o sistema prisional brasileiro não reeduca o presidiário e tampouco o insere na sociedade novamente.

As cadeias paulistas, atualmente, são similares as que as mídias noticiam que existem no Rio de Janeiro. Está bem claro que o Estado encaminha os detentos para as prisões chamadas "dos comandos", ou seja, são encarceirados de acordo com a facção a qual pertencem.

Em São Paulo, antes de 2006, não se ouvia falar de facções que controlavam o crime no Estado e com capacidade de promover o pânico como ocorreu naquela época. Mas após os ataques do P.C.C. (Primeiro Comando da Capital) a situação mudou.

O que existe agora são cadeias onde, assim como no Rio, os detentos são enviados de acordo com a facção a qual pertencem. Isso demonstra cada vez mais que o Estado não tem o controle da população carcerária.

E o pior de tudo: não existe uma política para inserir o dentento na sociedade. O que há são entidades religiosas dentro das carceragens que os tiram das ruas e fornecem auxílio.

Este blog sempre afirmou que o investimento deve ser na educação de base para que no futuro não se gaste com prisões. Porém, o governo também deve investir para que a população carcerária, ao sair da detenção, tenha alguma profissão e chances de entrar no mercado de trabalho.

Ainda existe muito preconceito com ex-detentos, porém, somente um trabalho assim poderá fazer com que se sintam parte do povo. Isso é um alerta para o futuro, pois até o momento não vimos um candidato com uma proposta positiva para essa população.

Comentários

Anônimo disse…
É lastimável o que ocorre no sistema judiciário brasileiro. Presos com penas cumpridas continuam nos presídios. Tratamento desumano para os presos que saem de lá mais perigosos do que quando entraram. Presos por delitos leves, muitas vezes impensados, convivem com homens de alta periculosidade e são forçados a se tornarem feras para poderem sobreviver. Nas delegacias, presos são amontoados e não há espaço sequer para esticar as pernas e, muitas vezes, fazem revezamento para dormir.
Antes não havia cadeias suficientes, hoje existem cadeias, mas quem há de se rpeocupar com os homens e mulheres que lá estão?
É triste meu amigo. De repente o destino nos coloca no lugar errado e na hora errada e pode acontecer de irmos parar numa cadeia. Será que aguentaremos?
Abraços,

Ivan
Marcos Guedes disse…
Há alguns exemplos de trabalho para presos enquanto ainda se encontram reclusos que deviam ser olhado com melhores olhos. Em alguns estados, os presos trabalham de forma remunerada e o salário vai para as famílias, desta forma o índice de criminalidade cai significativamente.
Mas como o blogueiro mesmo disse, não vemos candidatos com ideias para essa população. E assim fica nítido que não é interessante os pobres deixarem de ser pobres, já que a cada eleição o que acontece é apenas uma manutenção de poder e não uma manutenção de ideais.

Postagens mais visitadas deste blog

Nos E.U.A. morar em trailer não significa ser viajante ou rico

Beasts of No Nation: um choque de realidade

Vida de Pasteleiro