A África e seus problemas

Guerras, conflitos, fome e um futuro incerto

Por Thiago Marcondes

A África, sempre conturbada, vive dias cada vez mais intensos com protestos, fome, presidentes derrubados de seus cargos e tentativa de assassinato contra chefe de estado. A primavera árabe evocou no continente africano um sentimento que através de manifestações populares a possibilidade de um futuro estável (será?) e melhor poderia vir.

Tunísia e Egito conseguiram tirar do poder os ditadores (na época os Estados Unidos os consideravem presidentes) que comandavam as nações há anos e reprimiam o povo e seus direitos. Porém somente isso ainda não resolveu seus problemas. Na Líbia a situação permanece tenha e Gaddaffi resiste (firmemente) apesar dos conflitos com os rebeldes, que são financiados pelo governo estadunidense com auxílio das Nações Unidas também.

A Costa do Marfim vive crise política mesmo após Alassane Outtara ter assumido a presidência. O ex-presidente, Laurent Gdagdo, lutou para não sair do poder. Porém, forças francesas o capturaram para tentar reestabelecer a ordem no país. Resultado: mortes continuam a acontecer e a instabilidade reina.

A Nigéria sempre está sob conflitos étnicos, entre as várias tribos que compõe o país, e religiosos por conta dos cristãos e dos muçulmanos. Em geral quando o presidente segue uma religão o vice segue a outra e vice-versa, pois assim a sociedade terá representação política. Na teoria é lindo, mas na prática não funciona e o povo sofre com a violência.

A Somália não tem governo e por conta da seca não há alimento suficiente para a população. Aliás, o problema da fome na África é um agravante e que não será resolvido em curto prazo. Para pioar a situação o grupo islâmico radical que controla o país não permite que ONG's entreguem comida.

Na Guiné o presidente sofreu uma tentativa de assassinato que resultaria em um golpe para a tomada do poder e no Malauí o povo está nas ruas para pedir melhores preços nos produtos e condições para todos. Enfim, poderia escrever o dia todo sofre as várias nações africanas com problemas de conflitos étnicos e religiosos, mas que ao final são sempre POLÍTICOS, e o leitor ficaria cansado de tanta informação.

Há tempos a situação não muda e enquanto políticos não promoverem a união dos povos de diferentes crenças religiosas e etnias os conflitos matarão mais e mais pessoas. Ao pesquisar sobre as guerras encontram-se relatos de crianças com armas prontas para matar e morrer por conta de ideais que elas nem sabem o significado.

A União Africana existe e poderia auxiliar na mediação de conflitos. Até fazem, mas êxito que é bom não consegue. E a O.N.U.? Bom, essa aí está mais preocupada com os interesses estadunidenses do que com a paz mundial e o bem estar dos povos.

Thiago Marcondes é Jornalista

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