Quito por la noche
Encantadora durante o dia e maravilhosa a noite
Por Thiago Marcondes
Quito é a segunda capital mais alta do mundo e está atrás apenas de La Paz, na Bolívia. Charmosa, a cidade tem inúmeras atrações turísticas no centro e também em regiões próximas e, em muitos momentos, tem uma mescla com Bogotá por conta da arquitetura e também preserva a cultura indígena, com muitas cholitas pelas ruas.
Ficarei por 20 dias na cidade porque, junto com minha esposa, faço um intercâmbio de idioma e a escola, Instituto Superior Español, oferece passeios durante o dia e à noite, como um tour pela cidade com paradas em diversos bairros e pontos turísticos pela cidade. O mesmo passeio também é realizado por outras agências com um custo de US$ 10.
Basílica del Voto Nacional
O tour começa pela Igreja da Basília com um estilo gótico e com cerca de 125 anos de existência. De acordo com o guia a igreja é a maior da América Latina e a segunda está em São Paulo, mas na internet encontrei informações sobre outra instituição na Argentina que é maior. Linda e imponente, tem extrema importância na história da cidade por conta da religiosidade do povo.
Em seguida a visita foi no bairro San Juan, bem próximo à basílica, para mostrar a segurança de Quito e que as pessoas vão aos parques praticar esportes tranquilamente durante a noite. Como qualquer cidade sul-americana existem áreas seguras e outras violentas e, de acordo com a maioria dos equatorianos, o ideal é não andar sozinho e tampouco em ruas pouco movimentadas. Nos parques existem equipamentos de ginásticas, quadras de futebol e outros esportes.
O centro da cidade está a aproximadamente 2.700 metros acima do mar e o passeio sempre é feito de carro, mas nas paradas os turistas caminham e precisam tomar cuidado com a altitude. Neste local a vista da cidade é linda e existe um restaurante onde há possibilidade de jantar e ver toda a cidade.
No bairro de Toctiuco, que o guia chama de "Barrio Popular", mas na verdade está uma das periferias de Quito, os turistas podem provar a "Tripa Mishqui", comida típica equatoriana que nada mais é que intestino de vaca. A parada foi em uma rua onde uma senhora, com um carrinho de churrasco, preparava a carne. Quem me conhece diz que sou fresco para comer e, geralmente, não provaria algo assim. Comi, gostei, mas não seria algo para meu dia-a-dia.
A penúltima parte do tour, realizada no centro da cidade, tem parada na Plaza Grande e na chamada "Calle de las siete cruces" com igrejas, casas, conventos e edifícios centenários, além do palácio do governo. Existe muita história nessa região e no passado dois presidentes equatorianos foram mortos por conta de insatisfações populares. Para quem gosta de história visitar o lugar se torna obrigatório.
Por último, e extremamente importante para os equatorianos, visita-se o El Panecillo que está 3.000 metros acima do mar. A escultura da Virgem de Quito protege os equatorianos e tem uma história bem peculiar. Ela está de frente para o lado norte da cidade e de costas para o sul, onde ficam os bairros mais pobres. De acordo com a lenda ela abençoa o norte por estar de frente e o sul, menos desenvolvido, sofre porque ela deu as costas ao povo.
Nessa parada prova-se o canelazo, bebida típica feita água, lulo (fruta da região) e canela. Pode ser adicionado licor ou beber sem álcool. Tem, também, o pristiño, um tipo de pão feito com farinha de trigo e mel.
Nessa parada prova-se o canelazo, bebida típica feita água, lulo (fruta da região) e canela. Pode ser adicionado licor ou beber sem álcool. Tem, também, o pristiño, um tipo de pão feito com farinha de trigo e mel.
Há possibilidade de chegar ao local de transporte público, como fiz durante o dia, mas recomendo o passeio noturno por conta do charme de uma cidade que está entre montanhas e vales, e sem muitos edifícios altos para poluir a visão.
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