Tecnologia na área da saúde

No mundo atual, com ou sem pandemia, as pessoas não vivem sem o uso da tecnologia, termo que onde "tecno" significa "procedimentos" e "logia" significa "ciência". As comunicações entre amigos e parentes, transferências bancárias, reservas de viagens, compras em mercados, lojas de roupa, pesquisa de eletrodomésticos, carros e inúmeras outras coisas. Na área da saúde não é diferente e cada vez mais vemos seu uso com benefícios para o paciente e toda a instituição.

 

O fato de hospitais e clínicas utilizarem um sistema de gestão leva benefícios para as instituições e isso é usar a tecnologia para melhoria de processos e acompanhamento dos pacientes. Nos casos dos hospitais os ERP’s (Enterprise Resource Planning), como TASY E MV, abrangem praticamente todas as áreas e mantém as informações integradas.

 

As recepções estão vinculadas aos agendamentos de consultas, exames e procedimentos cirúrgicos onde existem informações do paciente como nome, idade, sexo e plano de saúde além do procedimento a ser realizado. É possível, de acordo com o processo de cada hospital, inserir dados sobre alergias do paciente. Note que nesse momento falamos apenas do ERP e sem qualquer integração com outro sistema.

 

Ao abrir a ficha do paciente todo o processo administrativo e assistencial pode ser realizado, pois as prescrições médicas são criadas com os medicamentos e todo o tratamento a ser realizado. Nesse momento ocorre a integração com módulos de suprimentos e faturamento porque ao realizar a dispensação de materiais e medicamentos ocorre a baixa de estoque e a cobrança em conta. O hospital consegue ter ideia da receita e, também, da reposição em estoque.



 

Alinhado a tudo isso profissionais de diversas áreas como fisioterapeutas, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, terapeutas ocupacionais, psicólogos e farmacêuticos inserem informações no prontuário eletrônico do paciente, que ficam disponíveis para a equipe muti-profissional analisar e decidir a melhor conduta/tratamento. Nas cirurgias existem robôs que as tornam menos invasivas, além de outros equipamentos que auxiliam no monitoramento dos pacientes ao longo do procedimento.

 

Além do ERP muitos hospitais realizam integração com sistemas terceiros para otimizar os processos. Monitores em UTI e C.C. podem enviar informações ao ERP e registrar automaticamente no prontuário eletrônico assim como resultados de exames laboratoriais, se estivem dentro do valor da normalidade, são aprovados e integrados automaticamente. Quando os valores não estão de acordo alertas são emitidos e enviados aos responsáveis.

 

O uso de dispensários eletrônicos de materiais e medicamentos tem sido expandido e com esses equipamentos em unidades de internação, U.T.I. e pronto atendimento a agilidade em obter e administrar os medicamentos aumentou, com a garantia de medicamento certo e dose certa, pois a integração ocorre de acordo com a prescrição médica e seus horários.

 

Após a retirada dos materiais do equipamento a baixa de estoque e a cobrança em conta são realizadas em tempo real. Além disso, esse processo minimiza devoluções, pois quando os medicamentos são dispensados pela farmácia toda sua produção começa, dependendo do tamanho do hospital, entre 4h e 6h antes do SLA para entrega das doses nas unidades. Com o equipamento os técnicos e enfermeiros podem retirar os medicamentos 2h antes do horário de administração e caso tenha ocorrido alguma modificação médica ela estará atualizada e o consumo indevido não será realizado.

 

Para hospitais com mais de uma unidade o uso de ERP’s e sistemas integrados auxilia, pois caso o paciente se dirija a qualquer uma das unidades os profissionais da saúde terão acesso aos seus dados clínicos porque todos estão integrados.

 

A inteligência artificial também tem auxiliado em tomadas de decisões e alguns ERP’s atuam para dar suporte ao médico no momento de definir o diagnóstico. Vale ressaltar, também, que todos esses dados geram indicadores e através de B.I. e um Command Center o hospital terão informações suficientes para tomada de decisões em momentos de crise, como na pandemia, e também para o futuro.

 

O uso da tecnologia na área da saúde não é recente e as instituições perceberam não se tratar mais de custo e sim investimento, pois equipamentos e integrações entre sistema agregam valor para a instituição e, o principal, trazem benefícios ao paciente.


Obs.: esse artigo foi escrito para uma atividade da Especialização em Informática em Saúde, cursada na Unifesp.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nos E.U.A. morar em trailer não significa ser viajante ou rico

Beasts of No Nation: um choque de realidade

Vida de Pasteleiro