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Casos do metrô

"Não fique na região das portas" é o mesmo que dizer "Fique na região das portas"   Por Thiago Marcondes   Utilizar o metrô em São Paulo nos horários de pico seria cômico, caso não fosse trágico. Melhor: pode-se comprar aos teatros grego e romano. Platão misturou os dois gêneros no primeiro capítulo da "Poética", mas acredita-se que Plauto foi o primeiro a utilizar a tragédia e a comédia na mesma peça.   Vagão lotado e muita gente se aperta para conseguir um lugar e seguir viagem. São cerca de 11 pessoas por metro quadrado. Ou seja, o metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo.   Em algumas estações a situação alivia, os passageiros ficam menos apertados e agora começa a falta de bom senso dos usuários. As pessoas, ávidas para não perder a estação destino, se acumulam na região das portas enquanto os corredores ficam livres.   Se isso acontecesse com "marinheiros" de primeira viagem tudo bem. Seria aceitável. Mas não!!! Os p

Jazz boliviano. Vai encarar?

Estilo musical com instrumentos andinos surpreende pela boa qualidade   Por Thiago Marcondes   O jazz nasceu por volta do século XX nos Estados Unidos, próximo à região e Nova Orleans, com suas raízes provenientes da música negra americana de pouco antes de 1850.   Em uma época onde o preconceito racial era muito forte, o estilo musical serviu para unir e fortalecer as raízes dos negros de forma que ao tocar a música em locais públicos afirmavam suas origens africanas.   No início da década de 20 a venda de bebida alcoólica era proibida nos Estados Unidos, situação que não acabou com seu consumo, pois ela era vendida ilegalmente em locais onde bandas de jazz se apresentavam. Isso o gênero musical ser considerado imoral pela sociedade.   Atualmente as pessoas que gostam do estilo musical são consideradas "cults" ou da elite, rótulo criado pela sociedade já que o jazz não é (e não foi) difundido nos meios de comunicação de massa. Assim, grande parte da popu

O mito do metrô

Nos dias atuais Platão dedicaria um capitulo do livro "A República" ao transporte em São Paulo   Por Thiago Marcondes   Nos últimos meses tenho utilizado o transporte público com frequência, principalmente o metrô da cidade de São Paulo. Para ser mais específico, as linhas vermelha e amarela são as que mais tenho acesso e consigo ver a dimensão do problema. Seja de estrutura ou de educação das pessoas.   A linha vermelha me faz lembrar o Mito da Caverna, escrito pelo filósofo grego Platão, há praticamente 2.500 e disponível no livro "A República". As pessoas que utilizam o metrô no horário de pico, tanto de manhã quanto no final da tarde, parecem não conhecer outra realidade além daquela. Ou seja, muita gente e pouco espaço, empurra-empurra para entrar na composição sem se preocupar com o próximo, caras feias, xingamentos, discussões e total falta de educação uns com os outros. No mito grego pessoas vivem na caverna, presas por correntes, desde o nasc

Corredor de ônibus

Medida gerou controvérsia em algumas pessoas, mas foi eficiente para a maioria   Por Thiago Marcondes   As novas faixas exclusivas na cidade de São Paulo causou um pouco de polêmica e discussão diante a população que utiliza carro e transporte público para se locomover de casa ao trabalho e vice-versa.   Nos primeiros dias o corredor da Av. Washington Luís, na zona sul da cidade, ficou com trânsito acima do normal até que os motoristas se acostumassem com as faixas exclusivas para os ônibus. Como sempre, houve quem reclamasse e quem aplaudisse.   Muitos motoristas, em seus carros, reclamaram que agora, com a faixa exclusiva para ônibus, eles gastam mais tempo no trânsito e podem se atrasar. Como solução acordam mais cedo para chegarem no horário ao destino.   A medida visa beneficiar a maioria da população que mora nas periferias e têm empregos extremamente distantes de suas residências. Os ônibus permanecem lotados e, mesmo cedo, antes das 06h30 por exemplo, algun

Pacientes podem (e devem) reclamar de mal atendimento em hospitais

Reclamações sobre o atendimento do S.U.S. e dos convênios podem ser feitas através de canal de ouvidoria   Por Thiago Marcondes   Falar da saúde, atendimento médico, hospitais, ambulatórios, S.U.S. (Sistema Único de Saúde) e convênio pode ser um clichê, pois no dia-a-dia praticamente toda a população discute sobre o tema e sempre tem reclamações e, às vezes, sugestões em relação aos serviços prestados.   Os políticos, no geral, são os alvos prediletos e os culpados por todos os problemas nos hospitais, sejam de âmbito municipal, estadual, federal e, por incrível que pareça, até nos particulares. Afinal de contas, se o governo prestasse serviços saúde que atendesse toda a população com agilidade e qualidade, talvez os hospitais privados sequer existiriam.   Votar conscientemente ajuda, mas se ninguém escutar as reclamações não há como mensurar e melhorar a situação da saúde no país. Poucos sabem da existência de um canal de comunicação onde a população pode reclamar sob

Amado Batista: o filho arrependido

Ao falar que o Brasil poderia ter sido como Cuba o artista mostra não conhecer história   Por Thiago Marcondes   Torturado pela ditadura militar que governou, digamos assim, o Brasil entre 1964-1985, o cantor de música brega Amado Batista acredita ter merecido por ter acobertado pessoas que gostariam de tomar o poder do país à força.   Em entrevista ao programa de Marília Gabriela, no SBT, na madrugada de domingo para segunda-feira, o cantor informou que tinha contatos com livros considerados proibidos, pois trabalhava em uma livraria e facilitava a vida dos comunistas da época ao deixá-los utilizarem o espaço para leitura das obras subversivas.   A opinião política deve ser respeitada e se ele acredita que a direita pode resolver os problemas do Brasil tudo bem. Porém, afirmar que o país poderia ver ser igual a Cuba ultrapassa um pouco os limites da verdade. A pequena ilha está em situação ruim porque o governo estadunidense mantém um grande embargo econômico e não o

Sem medo de falar

Hugo Chávez deixou a imagem de um político que ama seu povo acima de tudo   Por Thiago Marcondes   Há pouco mais de dois meses um grande líder latino perdeu a vida por conta de um câncer e os grandes meios de comunicação brasileiro apostavam, de acordo com analistas, que seu vice-presidente provavelmente não venceria as eleições.   Hugo Chavéz partiu, mas deixou um legado importantíssimo para as nações do sul e seus líderes. Demonstrou e provou que não há necessidade de abaixar a cabeça e acatar tudo que for dito (entende-se por imposto) pelo governo estadunidense e sua política.   As eleições que colocaram Maduro no poder, foram limpas e respaldadas por órgãos internacionais. A oposição disse que não reconheceria a derrota e o governo dos Estados Unidos da América demorarem para reconhecer o no presidente venezuelano, mas o fizeram à tempo de não cometer uma "gafe" política.   A mídia, grande opositora do Chavismo, tentou à todo custo desmoralizar o gove