O solidário e humanizado povo colombiano

Por Thiago Marcondes

Estive, junto com minha esposa, na Colômbia em 2015 e no planejamento da viagem pessoas falavam que além de San Andrés e ilhas próximas de Cartagena o país não tinha nada para oferecer além das FARC, cocaína e violência.

No roteiro estavam as cidades de Cartagena, Medellín e Bogotá e poucos, inclusive colombianos, não acreditavam que eu visitaria a cidade conhecida mundialmente por conta das atrocidades de Pablo Escobar.

Por onde passei vi como o povo colombiano é carismático e receptivo. Nas ruas, no transporte público e nas atrações turísticas todos sempre prontos para ajudar as pessoas.

Apaixonado por futebol decidi ir ao jogo do Atlético Nacional, em Medellín. À época disseram ser loucura porque se no Brasil existe violência como seria a situação na Colômbia?

Estádio Atanasio Girardot
Foto: Carolina Giurno

Mais uma vez houve surpresa com a receptividade em torno do estádio e eu e minha esposa nos sentimos extremamente seguros.

A demonstração de solidariedade dos antioquenos e paisas (população da região de Medellín) e de todo o povo colombiano em relação ao acidente aéreo não surpreendeu este casal, pois sentimos isso quando estivemos lá.

Muitas vezes julgamos à partir de esteriótipos e notícias de jornais com apenas um viés e esquecemos de pensar, refletir. Parabéns aos colombianos, deram uma lição de humanização para o mundo.

Quem me conhece sabe que Medellín me impressionou em 2015. Depois desse episódio não tenho palavras para descrever sobre aquela população que sofreu (e ainda sofre) por muitos anos com a violência do Pablo Escobar, FARC, grupos paramilitares e milícias e guerrilhas de direita, que os jornais insistem em dar apenas notas de rodapé.

Comentários

Anônimo disse…
Muito bacana!
Grande abraço
Anne
Anônimo disse…
Grande Thiago Marcondes,sempre contundente nas suas explanações!

Parabéns!

Robson Calheiros
Geovan Sena disse…
Muito bom!
Realmente a mídia sempre mostra o pior lado.
Parabéns!

Geovan Sena

Postagens mais visitadas deste blog

Nos E.U.A. morar em trailer não significa ser viajante ou rico

Beasts of No Nation: um choque de realidade

Vida de Pasteleiro