Atrasos e falta de informação marcaram o Bloco Soviético em 2016
Muitos foliões desistiram de participar por conta dos problemas apresentados na concentração
Por Thiago Marcondes
A cidade de São Paulo não era, pelo menos até cerca de 3 ou 4 anos atrás, o local ideal para participar de blocos de carnaval. Os finais de semana que antecedem os desfiles são chamados de pré-carnaval e a capital paulista não tinha muito movimento carnavalesco para as pessoas.
Inúmeros paulistanos gostam do carnaval, assim como a grande parte dos brasileiros, e se renderam aos blocos que saíram de várias partes de cidade. No centro de São Paulo haviam várias opções e a provavelmente a mais inusitada era o "Bloco Soviético 2016", que estava em sua terceira edição.
O encontro, marcado através de um evento no facebook, informava que a concentração começaria às 15h no Tubaína Bar, dia 30/01/2016 na rua Haddock Lobo, e sairia por volta das 16h para ir até o bairro da Santa Cecília.
Às 14h30m algumas pessoas estavam no local e uma caixa de som animava a turma com músicas diversas e marchinhas de carnaval. Blocos de carnaval geralmente se atrasam e às 16h a organização informou o atraso do carro de som e a saída ocorreria após uma hora.
Desse momento em diante a quantidade de pessoas aumentou significativamente e a caixa de som não deu conta de animar a festa, pois o quarteirão estava tomado de foliões. A bateria, que poderia (e deveria!) animar a concentração, não estava no local e não havia como festejar e dançar sem músicas.
O tempo passou e era possível observar foliões que decidiram ir embora por conta do atraso, mas a maioria permaneceu firme e forte no local. A bateria começou a animar a festa por volta de 17h45m e quem ficou pensou que em pouco tempo o carro de som chegaria e o carnaval soviético começaria, com as marchinhas próprias e tudo mais. Ledo engano!
Eram 18h20m e nada de chegar o carro de som. Tampouco a organização informava as pessoas qual o cronograma e os foliões ficaram às cegas. Nesse momento eu e meu grupo decidimos descer a Rua Augusta para aproveitar o bloco "Me fode que sou produção".
A ideia do bloco é bem original e por ser apenas o terceiro ano talvez os organizadores não estejam preparados para a folia. O grande problema foi o descaso sentido por muitas pessoas que realmente gostariam de acompanhar algo completamente diferente do carnaval tradicional e a falta de informação e o atraso impediram a festa.
Quem foi postou relatos no facebook e a festa com certeza foi ótima. Provavelmente em 2017 o bloco sairá novamente, mas muitos que foram este ano (e não participaram) podem não comparecer por conta da bagunça vista.
Thiago Marcondes não é comunista e nem socialista, apesar de muitos acreditarem fielmente nisso.
Comentários