Chuvas e sensacionalismo na T.V.

A cobertura midiática das enchentes mostra o "mais-do-mesmo" e não informa em nada a população

Ontem, 15/01/2011, choveu forte na cidade de São Paulo e na região metropolitana de forma que inúmeros ponto foram alagados, pessoas não poderam ir para casa e mais uma vez o Jardim Pantanal (zona leste da cidade) foi prejudicado.

A mídia cobriu o fato, mas está mais voltada para a tragédia na região Serrana do Rio de  Janeiro onde mais de 550 pessoas perderam suas vidas e milhares estão sem o mínimo de infra-estrutura como moradia, alimentação e saúde.

Não sou muito de assistir televisão, mas ontem consegui (e olha que isso é muito difícil) assisitir um pouco do "Brasil Urgente", apresentado pelo Datena na TV Bandeirantes, e por sinal não tenho vontade de vê-lo novamente.

Minimamente o programa mostrou os locais de enchente e informou a população de São Paulo sobre quais pontos da cidade estavam com problemas. O restante é somente sensacionalismo e com poucos detalhes do que deveria ser feito para evitar o problema.

Praticamente toda a cobertura de ontem, pelo menos nos 20 minutos em que assisti, o Brasil Urgente mostrou "REPETIDAMENTE" a queda de uma casa que foi flagrada pelo comandante Hamilton durante seu vôo pela região metropolitana de São Paulo.

Entrevistas com especialistas ou políticos e autoridades não existem. Tampouco opiniões sobre o porque inúmeros locais enchem, a falta de condições nesses locais e o plano de prevenção para o futuro.

A cobertura do programa remete-se apenas a mostrar desgraças sem informação para a população e o público. Sensacionalismo puro para garantir audiência e verba de publicadade durante os intervalos.

A mídia deveria cumprir seu papel de informar com qualidade e não somente de obter lucros às custas  dos problemas alheios. Quando o povo perceber que nada lhe agrega assistir esse tipo de programação quem sabe não aparece algo de qualidade na TV brasileira.

Enquanto isso a gente se comove com o drama da novela ou os "heróis" do B.B.B. que estão confinados, longe de casa, da família e dos amigos, Mas com uma mordomia absurda.

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