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11 de Setembro: Um dia para ser lembrado

02 anos diferentes, 02 acontecimentos históricos e 01 fato esquecido O dia "11 de setembro" está marcado na vida de milhões de pessoas nas Américas e no mundo. Não se trata somente do atentado terrorista ocorrido contra as Torres Gêmeas em 2001, mas também da morte de Salvador Allende quando presidia o Chile, em 1973. Allende foi o primeiro presidente com ideais marxistas a ser eleito pelo voto direto (em 1970) na América Latina. Seu governo tinha uma linha socialista e ocorreu durante o auge da Guerra Fria, quando os Estados Unidos tentavam a qualquer custo impedir que demais nações tomassem o mesmo caminho de Cuba. O estilo de governo implementado no Chile dava mais condições à população de melhorar sua vida. Allende nacionalizou as minas de cobre, que pertenciam aos magnatas da época, e isso gerou desconforto na elite. Essa mesma elite começou a lutar contra o governo popular e bens de consumo básico sumiram das prateleiras dos mercados. Somente os ricos conseguiam com

Entrevista

Salvador Allende foi o primeiro presidente de origem socialista eleito pelo voto direito. O modelo político implementdo foi importante porque lutou contra a forma de governar da elite mundial durante a Guerra Fria. Especialista em Jornalismo Internacional pela PUC-SP e mestre em Ciências da Comunicação pela USP, o professor de Jornalismo Alexandre Barbosa tem um sítio ( http://www.latinoamericano.jor.br/ ) voltado para a América Latina. Gentilmente ele concedeu uma entrevista ao blog para ajudar a compreender melhor a importância do 11de setembro. Pensando no dia-a-dia: Qual a importância da eleição de Salvador Allende para a América Latina? Alexandre Barbosa: Allende foi o primeiro presidente marxista, com uma plataforma socialista a ser eleito pelo voto direto. E isso aconteceu justamente na América Latina, que era um quintal estadunidense. Além disso, era uma época em que, graças à Revolução Cubana havia uma série de movimentos armados pelo continente e muitos planejavam derruba

Não Existe Política para a População Carcerária

As punições existentes nas detenções não educam o detento para o convívio com a sociedade Ao contrário do que muitos pensam, o sistema prisional brasileiro não reeduca o presidiário e tampouco o insere na sociedade novamente. As cadeias paulistas, atualmente, são similares as que as mídias noticiam que existem no Rio de Janeiro. Está bem claro que o Estado encaminha os detentos para as prisões chamadas "dos comandos", ou seja, são encarceirados de acordo com a facção a qual pertencem. Em São Paulo, antes de 2006, não se ouvia falar de facções que controlavam o crime no Estado e com capacidade de promover o pânico como ocorreu naquela época. Mas após os ataques do P.C.C. (Primeiro Comando da Capital) a situação mudou. O que existe agora são cadeias onde, assim como no Rio, os detentos são enviados de acordo com a facção a qual pertencem. Isso demonstra cada vez mais que o Estado não tem o controle da população carcerária. E o pior de tudo: não existe uma política para ins